sexta-feira, 24 de julho de 2009

Realidade X Imagem

Os dois extremos:

Você acha que é uma pessoa conservadora? Se a resposta for sim, cuidado! Pois pode ser prejudicial no futuro não conhecermos pontos de vista diferentes e conseguirmos aproveitar algo referente a eles.

Ao mesmo tempo existem as pessoas que são facilmente manipuladas, que tem pouca confiança em sí próprio. Se você começar a se reconhecer nesse tipo de descrição, tenha mais confiança nas suas próprias ideias.

Você é o que você pensa ou o que os outros pensam sobre você?

Esse post está aqui para responder que nenhuma das duas respostas está necessariamente errada, pois tanto a auto-imagem como a imagem no meio de convivência podem ser corrompidas por imparcialidades emocionais. Com isso quero dizer para ter sim confiança nas próprias ideias, mas ao mesmo tempo não depreze a opinião dos outros sobre você ou qualquer assunto que seja, mas sim use a posição alheia para refletir sobre o tal assunto, pois entrar em contato com perspectivas diferentes é uma ótima maneira de se ligar com a realidade.

No dia-a-dia de qualquer pessoa, ela acaba vivendo num meio onde está exposta a diversas interpretações, julgamentos. Esses julgamentos, que são parte do sistema de defesa dos indivíduos, compõe a imagem que corresponde a nossa pessoa entre muitas outros assuntos, mas acontece que muito raramente há plena lógica nessas interpretações, o que nos leva a conclusão de que não devemos levar a sério tudo o que dizem sobre nós ou sobre qualquer outro assunto.

Não confie tanto na sua própria mente!

Mesmo tendo consciencia de que nem tudo o que afirmam deve ser levado a sério, não podemos simplesmente ignorar críticas, pois nossa mente também nos prega peças. Um exemplo é que às vezes acontece de observarmos a reação de um conhecido no qual gostamos de nos espelhar e a elevamos a nível de conceito: "Aquilo é o mais inteligente/razoável/lucrativo a se fazer/dizer/pensar". E, para nosso azar, isso ocorre no nosso inconsciente de maneira totalmente involuntária, ou seja, corremos o risco de não chegarmos a raciocinar sobre.

É interessante notar que tudo aquilo que fazemos sem uma razão determinada, fazemos pela influência da emoção. No exemplo que citei acima foi o caso de uma admiração, pode acontecer o mesmo com orgulho, inveja ou mesmo uma paixão. Afinal, este é outro ótimo exemplo, pois (quase) todos já tiveram a experiência de se apaixonar, crêr na perfeição da pessoa desejada e, mais tarde, frustrar-se na sua própria iracionalidade. Eu pelo menos já tive algumas, hehehe.

Como já disse, sempre há algo que prejudica nossa lógica e isso consequentemente prejudica nossa auto-crítica. De que maneira podemos melhorar isso? O fator fundamental é descobrir se, no momento da sua meditação, você está tendendo ao otimismo ou ao pessimismo. Veja bem, NÃO EXISTEM pessoas totalmente pessimistas ou otimistas, é tudo uma questão de confiança para um certo tipo de situação. Você pode ter mais fé do que a realidade deveria proporcionar ao jogar futebol e o contrário ao fazer uma prova. Importante perceber também que nós não costumamos notar essas tendências, assim temos que ganhar o hábito de pensar duas vezes antes de agir para diminuir a margem de erro.

Quanto a nossa imagem perante aos outros, podemos usa-la de artifício, transformando uma crítica, ou até uma ofensa, num conselho ou sugestão.
Devemos usar a mesma estratégia de estabilizar nossa confiança, eliminando a exitação ou o excesso de fé, se estes fizerem parte da corrupção emocional da nossa lógica. Assim podemos investigar a opinião alheia e procurar alguma ideia decente.
Um exemplo bem simples sobre tendência pessimista numa opinião alheia ocorre quando outra pessoa se expõe com o intuito de ofender o ouvinte, afinal é muito comúm aumentarmos os pontos negativos quando, influenciados pela raiva, criticamos alguém.

Enfim, a mensagem geral é a seguinte: o poder de uma auto-crítica imparcial é extremamente valioso e mesmo assim ainda devemos aproveitar a crítica baseada em outra perspectiva.

P
ara finalizar, uma citação relacionada ao tema:

"Temos que aprender a olhar para o espelho e ver nós mesmos.
se nós mesmos não nos aceitamos como somos o mundo também não nos aceitará."
(Jeniffer Evelin Almeida de Carvalho)

Aprendamos a nos aproximar da lógica perfeita.